DA UFRJ À ILHA DE PAQUETÁ

Um encontro casual no Centro do Rio seguido de um bate-papo no campus da Praia Vermelha. Foi o suficiente para o jornalista Vitor Iorio, professor de Comunicação e Cultura da UFRJ, ficar empolgado com o Projeto Livro de Rua, que distribui livros em locais públicos, especialmente em regiões carentes, onde o acesso a leitura é muito pequeno e, em alguns casos, pode-se dizer, até inexistente.

Afinal, promover a educação está na base do seu trabalho, tanto na Universidade como no programa Quarta às Quatro, da Fundação Biblioteca Nacional, do qual é idealizador e curador há cinco anos. Foi nele que sete mil estudantes de 67 escolas da rede estadual de ensino puderam, nos últimos dois anos, ter contato direto com importantes nomes da cultura e da educação no país.

De Roberto Menescal e seu violão, empolgando a plateia com histórias e canções da Bossa Nova, a Rui Castro, comentando sua biografia de Carmen Miranda, a novelista Gloria Perez e a escritora Thalita Rebouças, entre tantos outros artistas, filósofos, jornalistas e intelectuais, participaram do programa, que deve ser reeditado este ano.

                                                  A mobilização de público, o conteúdo dos debates e o alto nível dos palestrantes motivaram o Ministério da Cultura a convidar o Quarta ás Quatro a integrar o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), que visa a reunir ações de incentivo ao livro e à leitura nas suas diversas formas e abordagens. O PNLL, aliás, é um dos focos do Livro de Rua, que trabalha para que o Plano seja desdobrado no Rio de Janeiro.

No bate-papo com o presidente do Instituto Ciclos do Brasil, Pedro Gerolimich, e a jornalista e assessora Yolanda Stein, Vitor Iorio manifestou entusiasmo com o Livro de Rua, que como o Quarta às Quatro tem por objetivo democratizar o acesso a educação e a cultura no país.

O encontro já rendeu frutos: iremos juntos à Ilha de Paquetá fazer uma libertação de livros para a população local.