Receita para gostar de ler: ler até gostar

Inacio lendo

           Volta e meia alguém abre a boca para dizer que o jovem brasileiro não gosta de ler. Sinto um embrulho no estômago quando ouço alguém repetindo isso como quem torce para que esta afirmativa seja uma verdade eterna.  Para mim, essa criatura está é torcendo contra, contribuindo para que os jovens brasileiros jamais descubram a maravilha que é ter o gosto pela leitura literária. 

            É verdade que muita gente já está agindo para parar esse vento do contra.  Muitos programas de incentivo ao livro e à leitura existem hoje no país.  Mas talvez seja preciso mais: formar agentes de incentivo ao prazer de ler.  E não só de “ler”. Mas que sejam livros bem escritos, a boa ficção em prosa e a poesia. E também não só isso, mas conhecer principalmente, a produção literária brasileira. Ler livros em português brasileiro bem escrito é melhor do que aquilo em que você está pensando agora que é um deleite.

            Tenho um palpite desde a época da escola. Vários colegas não gostavam quando os professores colocavam no quadro a lista de livros de literatura que teriam de ser lidos naquele ano. Achavam os livros maçantes, perfeitos soníferos. Afirmavam que ler ficção era pura perda de tempo.  Embora muitas vezes seja o único espaço onde os livros estão ao alcance das crianças e dos jovens e isso é um mérito, a própria escola faz com que se pense que ler é importante para fazer trabalho e prova.  E, às vezes, os livros indicados são realmente desinteressantes. Com isso, muitos jovens nunca descobrem o prazer de ler. Porque leitura prazerosa é que a escolhemos por seus próprios interesses, vivências, gostos. Para gostar de ler, o segredo é ler até gostar, até ser mordido. Com liberdade para desistir de um livro chato, inclusive. Folheando e lendo, um dia todo mundo se depara com a frase de um personagem, um poema ou o fim de uma história, e gruda!  Talvez, então,  irão concordar que ler literatura é um “sonhífero”.  O segredo é ler até encontrar seus “sonhíferos” particulares, só seus.

            Que crianças e jovens possam esquecer essa história de que ler é uma tarefa chata de escola.

 

Autoria: Sol Mendonça – Escritora e Voluntária do Projeto Livro de Rua

Sol

Dia da Independência é Dia de Livros!

arlene na praça

Assim como Monteiro Lobato, acreditamos que um país se faz com homens e livros, portanto um país só se fará verdadeiramente independente quando o seu povo tiver amplo acesso aos livros.

Essa é a missão do Projeto Livro de Rua, por isso não poderíamos comemorar o Dia da Independência do Brasil sem libertar muitos livros.

Os Locais escolhidos foram a Praça Granito em Anchieta e a Praça São Lucas na Vila Cruzeiro.

Foram muitos livros e muitas histórias, que num dia de Sete de Setembro marcados por protestos, deram  a tônica da comemoração do Livro de Rua, aliás esse é o protesto que precisamos para o Brasil, gritar por Livros, Cultura e Educação, viva a Independência do Povo Brasileiro!